EM JOSÉ LOPES FERNANDEZ

conselhos

Histórico da Escola

Localizada no alto da Vila Nova- zona urbana de Itapeva/SP, a escola é reconhecida e valorizada pelos moradores. Por ser um prédio com mais de 50 anos em funcionamento, é lembrada pelos pais e avós dos nossos alunos, como o grupo escolar em que estudaram. A estrutura física permanece desde a sua construção, poucas benfeitorias ocorreram no decorrer dos anos. A escola conta com amplo espaço físico. Os índices da escola acompanham a meta nacional e os alunos destacam-se ano após ano.

Período de Aula: Manhã: 07h20 às 12h20 – terças/quartas 07h20 às 11h20 - segundas/quintas/sextas Tarde: 12h50 às 17h50 – terças/quartas 12h50 às 17h10-segundas/quintas/sextas

Endereço completo- Endereço: Rua Iperó, nº 297 - Vila Nova - Itapeva/SP. CEP: 18.410-120 - Telefone: (015) 3522 2655 - Endereço de e-mail- emjoselopesfernandez@educacao.itapeva.sp.gov.br

Público Alvo: Educação Infantil- Pré II e Anos Iniciais- 1º ao 5º Ano

Biografia do Patrono

José Lopes Fernandez nasceu em Manzaneda, Espanha, em vinte de junho de 1896, um dos sete filhos do serralheiro João Lopez Vasquez e dona Izabel Fernandez e Fernandez.Chegou no Brasil no ano de 1908, aos 12 anos de idade, tendo aportado no Nordeste em companhia de seu primo Celestino Cereijo e de outros parentes. Em Recife, trabalhou como ajudante na tipografia de um membro da família.

Viveu no Maranhão, Pará, Acre e foi seringueiro no Amazonas. Trabalhou na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré na fronteira boliviana, onde sobreviveu a febre amarela e onde fez grandes amigos dos quais em vida sempre lembrou.Foi tripulante de navio da Amazon river e de outras companhias de navegação. Veio para o Estado de São Paulo à procura de seu tio Pe. Tomas Fernandez de quem na ocasião recebeu apoio material e moral e com este apoio prosseguiu sua vida de luto e trabalho. E venceu. Na cidade de São Paulo foi garçom e no lugar em que trabalhava, por acaso, soube do paradeiro de seu irmão Luiz Fernandez.

Seguiu para Itararé a procura de seu irmão e logo em seguida após encontrá-lo mudou-se para Faxina, em 1921. Aqui, casou-se em 1926 com dona Cláudia Gonçalves Fernandez, um dos oitos filhos de dona Tereza Monteiro Sanchez e Fernando Monteiro.

Desta união nasceram sete filhos: Izabel, Fernando, Dolores, Manoel, Albino, Tereza e Maria Aparecida. Em 1932 reúne-se em Itapeva a sua irmã Cândida procedente da Argentina. Outras suas duas irmãs Dolores e Sagrário vivem nos Estados Unidos. Radicado em Faxina Zé Fernandez continuou sua vida de trabalho. Fez transporte de madeira inicialmente num locomóvel e depois em caminhão. Mais tarde adquiriu um caminhão de sua propriedade e iniciou assim sua função de comerciante fazendo transporte. Em seguida foi sócio da Firma Bueno e Fernandez e Cia. onde comerciava gasolina e representava a General Motors, e ao mesmo tempo desenvolvia sua atividade de madeireiro. Trabalhou intensamente na Serralheria Itapeva Ltda de sua propriedade e a qual anexou uma criação de suínos, uma das paixões de sua vida. Foi fazendeiro desde o ano de 1944, e um dos triticultores pioneiros da região do Estado. Foi agropecuarista, e como tal estava sempre empenhado em melhorar a qualidade e extensão de suas lavouras e de seus trabalhos e de seus rebanhos e com isto traduzia seu espírito combativo e progressista. Em 1949 tornou-se cidadão brasileiro por direito adquirido, ou seja, por ter residido no país por mais de trinta anos e aqui ter constituído família e adquirido bens; ser brasileiro por título declaratório constituiu um de seus maiores orgulhos e satisfação. Em 1945 viajou para a Argentina em companhia de suas filhas e em 1955 visitou a Espanha. Militou na política local ardorosamente durante anos, sempre visando o bem da terra e da gente de Itapeva, estando até seus últimos momentos empenhado numa luta política. Sempre se orgulhava da saúde, honradez e realização de si próprio, de seus filhos, genros, noras e netos. Ao mesmo tempo foi o mais simples e humilde entre os humildes.

Lembrava sempre da pobreza e da necessidade do Asilo São Vicente de Paula, da Santa Casa de Misericórdia e de outras instituições de caridade locais, independente dos pobres que sempre vinham bater à porta de sua casa ou de sua serraria. Faleceu no dia 21 de outubro, às 20:30 horas de um mal súbito, tendo tido um passamento como em vida o desejou: dentro da luta, no cumprimento do dever e sem dar trabalho a ninguém. Foi sepultado no cemitério local no dia 22 de outubro às 17 horas presentes Itapeva e Itaberá, pelos seus representantes mais destacados e humildes, além de amigos de São Paulo que lhe deram o último adeus, numa impressionante unanimidade de pesaroso sentimento.

Texto extraído de um jornal de Outubro/1968.